Carlos Fernando de Moura Delphim é mineiro de Lavras, geminiano nascido no dia 17 de junho 1944, filho de Antonieta Maia e Ângelo Constantino Delfino. É, sem dúvida, a maior autoridade quando o tema são os Jardins Históricos Brasileiros. Carlos Fernando foi pioneiro na defesa dos jardins históricos no Brasil passando a tratá-los como bens culturais segundo as normas internacionais de preservação, ainda no início da década de 1980.
Os Pareceres redigidos por Carlos Fernando como técnico do IPHAN são pérolas e verdadeiras aulas sobre paisagismo e preservação de Jardins Históricos. Em um do seus pareceres ensina-nos: "O trato dos jardins históricos tem sempre um aspecto de aprendizado e qualquer ação que se empreenda pode vir sempre acompanhada, senão de erros, ao menos de desacertos. Quanto mais graduais forem os trabalhos mais aprendizado haverá e, em conseqüência, menos erros e desacertos. Novas e subsequentes etapas serão sempre mais eficazes e enriquecidas com as progressivas experiências".
Para Carlos Fernando o Céu de brasília assim como os jumentos do nordeste deveriam ser salvaguardados como patrimônio brasileiro. "Quando cheguei a Brasília, comecei a ficar aflito pela falta de referências de cidade com as quais todo mundo está acostumado. Não tem esquina, não tem pracinha, não tem igreja no fim da rua. Então, em um belo dia em que eu estava entediado, olhei para cima e descobri que Brasília é mais olhando para cima do que para o lado", recorda. "Esse céu é uma bênção, uma coisa maravilhosa" fala de Carlos Delphim sobre o tombamento do Céu de Brasília.
Não há dúvida da importância da atuação de Carlos Fernando de Moura Delphim na defesa e na divulgação dos nossos Jardins Históricos tanto no Brasil quanto no exterior. Rendemos uma justa homenagem a este jardineiro que se fez arquiteto da paisagem.
Fotografia: Cristiane Maria Magalhães. Jardins da Fundação Casa de Rui Barbosa, 2011.
Muito Bom
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